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Biografia
João Carlos Camossa de Saldanha "nasceu" monárquico. O seu pai, o capitão-mar-e-guerra Augusto Saldanha, foi um dos resistentes ao 5 de Outubro de 1910, o que lhe valeu a prisão e muitos dissabores na carreira militar e na vida familiar.
Foi membro do grupo fundador do Centro Nacional de Cultura – excelente e legal pretexto para o activismo e formação política -, participou no grupo de Gonçalo Ribeiro Telles, Francisco Sousa Tavares, Rodrigo Sousa Félix e Fernando Amado, marcando aquele vital momento de ruptura com os resquícios de uma Causa Monárquica que vivia na expectativa do final cumprimento de longínquas promessas do regime vigente.
Esteve envolvido na formação, nos anos 50, do anti-salazarista Movimento Monárquico Popular (com a Liga Popular Monárquica e a Renovação Portuguesa daria origem à Convergência Monárquica, que passou a chamar-se PPM após o 25 de Abril),
Durante décadas foi conhecido activista opositor à 2ª República, tendo participado activamente em episódios como a Revolta da Sé (1959) e o Golpe de Beja (1961), o que lhe valeu a estadia no conhecido Aljube. Durante o julgamento dos implicados no Golpe de Beja, foi contra a estratégia dos outros advogados da defesa que procuravam argumentar com a formalidade dos princípios democráticos da Constituição de 1933. Pelo contrário e para estupor do Tribunal, o monárquico assumiu frontalmente a ruptura contra o ordenamento constitucional republicano e corporativo, tendo passado rapidamente, durante a audiência, de defensor a preso, por ordem do juiz.
Monárquico convicto, revolucionário e activista no movimento anarco-sindicalista que se opôs veementemente ao Estado Novo, foi, por múltiplas vezes, vítima das sevícias e prisões da polícia política, que o colocaram na frente dos diversos movimentos que se opunham então ao sistema salazarista, nomeadamente quando integrou o «Movimento de Beja».
Em 1974 Camossa funda o Partido Popular Monárquico, ao lado de Barrilaro Ruas, Rolão Preto e Ribeiro Telles. O anarco-comunalista João Camossa representava a corrente libertária do partido, para quem o rei deveria ser o último vestígio do Estado.
Foi representante do PPM na Assembleia Municipal de Lisboa e pertenceu aos serviços de apoio jurídico na Assembleia da República, durante o período da Aliança Democrática.
Colaborou por diversas vezes em jornais e revistas sobre temas políticos, históricos e culturais.
Fontes:
Nuno Castelo-Branco in http://aventar.eu/2010/01/22/homenagem-a-joao-camossa/
Fernando Madaíl in http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=987215&page=-1
Pedro Quartin Graça in http://pedroquartingraca.blogs.sapo.pt/2007/10/17/
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